Depois da Endoscopia: O que pode comer?
Seja antes ou depois dos exames, é muito comum ter dúvidas sobre o que está proibido e o que está liberado em termos de hábitos, sejam eles físicos ou alimentares, por exemplo. Saber o que você pode comer ou não é um dos principais questionamentos nesse sentido e, por essa razão, hoje vamos responder essa dúvida de uma vez por todas!
Mas antes de mais nada, é importante que você entenda um pouco melhor sobre esse procedimento. Assim se torna possível compreender a fundo os fatores que envolvem a resposta para essa pergunta.
Para que serve a endoscopia?
A endoscopia é um exame muito importante para cuidar do trato digestório. Isso porque, graças a este procedimento, é possível identificar possíveis alterações no esôfago, intestino delgado e estômago.
Existem dois tipos de endoscopia considerada as principais, a endoscopia digestiva alta em que um tubo é inserido pela boca e através do esôfago para poder examinar o esôfago, estômago e parte do intestino delgado; e a Endoscopia Digestiva Baixa (colonoscopia), na qual é inserido pelo ânus para examinar o reto e o intestino grosso.
Feita através de um tubo bem fino com uma pequena câmera em sua ponta, a endoscopia é capaz de detectar diversas doenças, basicamente, as principais que afetam o sistema gastrointestinal. Entre ela é possível citar:
- Doença Celíaca
Doença causada por um tipo de intolerância alimentar, a intolerância ao glúten — tipo de proteína encontrada em alimentos como aveia, trigo, cevada, centeio e derivados, ou seja, cerveja, pizzas, massas, bolos entre outros.
Geralmente, seus sintomas aparecem ainda na infância, mas é possível se manifestarem apenas na fase adulta. Entre eles é possível citar: anemia, osteoporose, falta de apetite, inchaço na barriga, dores abdominais e diarreia.
- Câncer de Esôfago
Essa doença se trata de uma lesão maligna que, na maioria dos casos, tem início nas células que fazem o revestimento interno desse órgão.
Existem alguns tipos de câncer de esôfago, eles variam conforme as células que sofreram nesse processo, entre as classificações mais comuns estão o carcinoma das células escamosas e o adenocarcinoma.
- Doença do Refluxo Gastroesofágico
Essa doença ocorre em cerca de 10 a 20% dos adultos, sendo muito comum também em bebês. O quadro de refluxo consiste no retorno das substâncias que se encontravam no estômago para o esôfago.
Em nosso organismo temos um tubo que liga o estômago à garganta, ele se chama esôfago. Na sua parte inferior ele possui algo como se fosse uma tampa que “abre” apenas quando engolimos, para que assim a comida passe para o estômago – órgão que conta com um revestimento para protegê-lo de seus ácidos, diferente do esôfago que não tem um preparo e, por isso, sintomas e danos são, geralmente, causados.
- Gastrite: pode ser causada por alguns fatores, entre eles, a ingestão de bebidas alcóolicas; infecção por h pylori; uso extensivo de anti-inflamatórios e ácido acetilsalicílico; e também existem casos em que o próprio sistema imune gera anticorpos que prejudicam as células gástricas. Azia, falta de apetite e dor no estômago são alguns dos sintomas.
Quando é necessário fazer uma endoscopia digestiva alta?
Geralmente, o profissional realiza o pedido médico para esse procedimento quando alguns desses sinais se fazem presentes:
- Fezes Escuras;
- Refluxo;
- Anorexia ou perda de peso sem motivo aparente;
- Azia ou pirose (queimação no estômago);
- Dores na região superior do abdômen;
- Vômito acompanhado de sangue;
- Náuseas e vômitos frequentes.
Quais são as contraindicações desse exame?
A endoscopia pode ser considerada um exame seguro, mas existem alguns casos que merecem atenção, como o de pessoas com problemas respiratórios, cardíacos graves ou neurológicos.
Em caso de gestantes também deve ser feita uma análise para colocar na balança os prós e contras e compreender se realmente vale a pena, visto que uma das consequências possíveis é que os sedativos interfiram no processo de formação do feto.
Ainda, existem situações em que a endoscopia não indicada, por exemplo quando estivermos falando de pacientes que já sofreram de:
- Colite fulminante
- Infarto agudo do miocárdio
- Perfuração aguda
- Peritonite
- Choque
Preparo: Endoscopia
Para o exame de endoscopia digestiva alta é necessário realizar uma dieta leve, com uma alimentação que não seja difícil quando o quesito é digestão. Isso para manter o estômago vazio e, assim, ser possível contar com uma visão plena dos órgãos. Ainda, 8 horas antes do exame deve ser realizado um jejum absoluto.
Outras recomendações podem ser feitas, a variar de caso a caso, sendo que o médico considerará as individualidades de cada paciente.
E depois da endoscopia?
Essa é uma dúvida comum para todo e qualquer tipo de procedimento médico. No caso da endoscopia, estamos falando de um exame que exige cuidados em todas as etapas, logo, não seria diferente ao falarmos sobre a alimentação após a sua realização.
De modo geral, podemos dizer que o paciente não deve ingerir bebida alcoólica no dia do procedimento e deve voltar a se alimentar de forma gradativa, iniciando com líquidos e alimentos mais leves.
A indicação principal nesse caso é que o paciente não abuse da alimentação no dia, tanto antes, quanto nas 12 horas depois da realização. Alguns alimentos que o indivíduo deve evitar são aqueles ricos em gordura, muito condimentados ou processados.
Ainda, é válido ressaltar que se houver a necessidade de alguma dieta mais especifica, o paciente receberá as devidas recomendações do profissional de saúde em questão.
Conclusão
Fica nítido que por se tratar de um exame que envolve principalmente o trato digestivo, os cuidados voltados à alimentação merecem uma atenção ainda mais especial, tanto para evitar complicações, quanto para proporcionar maior segurança durante a sua realização.
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Até breve!
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